Ministério da Saúde realiza coletiva de imprensa e informa ações e dados da vacinação no Brasil
Este governo tem a vacina como a mais absoluta prioridade, o que significa, em dados objetivos, manter as aquisições de vacinas necessárias para a proteção da população, com as vacinas adotadas em cada faixa etária, e também com o trabalho determinado de aumentar as coberturas vacinais”, afirmou a ministra Nísia Trindade, durante coletiva de imprensa realizada na segunda-feira (25), no Ministério da Saúde, em Brasília (DF).
A disseminação de narrativas falsas sobre as vacinas impacta diretamente a adesão da população aos imunizantes. Parte das pessoas que têm contato com as Fake News passa a duvidar da segurança e eficiência das vacinas, dificultando o aumento da cobertura vacinal. Mesmo assim, o Brasil aplica mais de 300 milhões de doses de vacinas por ano. Ao todo, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente à população brasileira mais de 30 vacinas.
“Graças ao trabalho de combate ao negacionismo e de intenso planejamento local, o Brasil saiu da lista dos 20 países que menos estavam vacinando no mundo. Levamos a vacina até a população e retomamos as campanhas de comunicação, que também são peças fundamentais neste processo”, lembrou a ministra da Saúde.
É importante pontuar a vitória do Brasil contra o sarampo. O país ganhou a certificação que atesta estar livre da doença, prova do trabalho intenso para proteger a população com as vacinas e prevenir doenças.
Além da desconfiança em relação às vacinas, o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Éder Gatti, defendeu que “a falta de campanhas sobre a importância da vacinação combinada com o discurso negacionista colocou em questionamento a eficácia das vacinas pelas pessoas”.
Ações de combate à desinformação
Em outubro de 2023, o governo federal lançou o programa Saúde com Ciência. A iniciativa interministerial inédita, criada para combater a desinformação na área da saúde e valorizar a ciência, oferece à sociedade informação verificada e confiável sobre vacinas e outros temas de saúde.
No período de um ano, cerca de 100 mil conteúdos e comentários foram analisados, revelando que as narrativas mais comuns associavam falsamente a vacina contra Covid-19 a doenças como câncer, Aids, e até controle populacional por meio de chips implantados.
As vacinas contra a doença são as que mais sofrem com desinformação. Rapidamente os conteúdos enganosos são disseminados nas redes sociais e em grupos de aplicativos de mensageria e atingem milhares de pessoas, contribuindo para o crescimento de grupos antivacinas.
Aumento da cobertura vacinal
Para reforçar o compromisso de ser uma gestão transparente com os recursos públicos, o Ministério da Saúde, no início de 2023, retirou o sigilo dos estoques e dos descartes de vacinas e outros insumos de saúde. Com isso, a sociedade passou a ter acesso livre às informações e acompanhar o andamento das imunizações em todo o país.
O Movimento Nacional pela Vacinação, lançado em fevereiro de 2023, criou ações de fortalecimento da imunização da população em todo o país. Pela primeira vez, o Ministério da Saúde adotou o microplanejamento, capacitando estados e municípios a adaptar suas ações às realidades locais e expandirem o acesso à vacinação. Essas estratégias foram utilizadas para recuperar a alta cobertura vacinal no Brasil, após os baixos índices registrados desde 2016.
Foi também em 2023 que 13 das 16 principais vacinas do calendário infantil apresentaram aumento das coberturas vacinais em todo o Brasil, quando comparadas aos índices registrados em 2022.
Já em 2024, de acordo com o diretor do PNI, “em dados preliminares, nós temos algumas vacinas que já passam da faixa de 90% de cobertura, mostrando que nós estamos atingindo metas”, afirmou.
Vacinas Covid-19
A atual gestão herdou mais de 32 milhões de doses de vacinas cujas recomendações de uso foram restringidas (Astrazeneca e Janssen) e que tiveram que ser descartadas, com custo aproximado de R$ 1,3 bilhão. Além disso, foi necessário descartar 7,9 milhões de doses da vacina Coronavac, direcionada para crianças, que foram adquiridas nesta gestão e não foram aplicadas dada a baixa adesão da população e posterior mudança de tecnologia.
Para evitar novos desperdícios e garantir maior eficiência na compra de novas vacinas Covid-19 em 2024, o Ministério da Saúde adotou inovações como a entrega parcelada por parte do laboratório contratado e a possibilidade de troca pela versão mais atual aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A pasta também concluiu um pregão para a compra de mais 69 milhões de doses de vacina Covid-19, que vão garantir o abastecimento por até dois anos com uma economia de mais de R$ 1 bilhão. Para garantir o abastecimento da vacina contra a doença, o Ministério distribuiu, recentemente, mais 1,2 milhão de doses para todos os estados. Com isso, não há falta da vacina no país. Os estados receberam as doses e são responsáveis pela distribuição aos municípios.
Não caia em Fake News
Desinformação sobre saúde pode matar. Por isso, não repasse conteúdos sensacionalistas que querem descredibilizar as vacinas e a ciência. Imunizantes estão entre os medicamentos mais seguros do mundo e salvam milhares de vidas todos os anos, como comprovado durante a pandemia da Covid-19.
Seja você também um apoio no combate à desinformação!